A transformação digital no agronegócio tem se tornado cada vez mais presente. Com o crescimento e desenvolvimento contínuo do mercado, a aposta na tecnologia como solução para ampliar o desenvolvimento tem sido uma prática constante.
Por isso, neste texto reunimos o cenário atual do setor, o conceito de TD no agronegócio, bem como exemplos de tecnologias e cases de sucesso para se inspirar.
Acompanhe!
Entenda o contexto da transformação digital no agronegócio
A transformação digital (TD) no agronegócio é sinônimo de inovação. O conceito diz respeito ao processo de mudança de mentalidade na empresa, de forma guiada pela tecnologia. Este processo ajuda a transformar o negócio, o tornando mais atual para aumentar o alcance do mercado.
Esses avanços tecnológicos no agronegócio são os responsáveis pela chegada da agricultura digital, com base na revolução tecnológica, também conhecida como Agricultura 4.0. De acordo com este estudo sobre o assunto, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), essa nova geração é semelhante ao conceito de Indústria 4.0. Isto é, com o apoio das tecnologias disruptivas e por meio da coleta de dados de maneira massiva, a tomada de decisão passa a se tornar mais inteligente e assertiva.
Com a mudança do comportamento do consumidor e com o surgimento de novas demandas, a transformação digital passa a ter um papel fundamental nesse contexto. Só com ela que o agronegócio conseguirá atender às necessidades emergentes da sociedade.
Ainda segundo o mesmo estudo, o grande desafio da agricultura mundial é garantir a segurança alimentar ao oferecer produtos, fibras e energia limpa de maneira sustentável.
Essa é uma preocupação ainda mais latente se destacarmos a projeção populacional para 2050. A estimativa é de que o número mundial chegue a nove bilhões de habitantes, afetando no aumento da produção em, pelo menos, 70%.
O estudo destaca, também, mais alguns fatores que exigem inteligência e eficácia na produção agrícola:
- Escassez crescente dos recursos naturais, como terra e água;
- Mudanças climáticas com eventos e desastres extremos;
- A constante ascendência dos níveis de renda per capita e urbanização;
- Consumidores digitalizados e com demandas de alimentos mais nutritivos e funcionais;
- Ganhos de produtividade em ritmos decrescentes em certos países.
O cenário em dados
Além do contexto apresentado, há mais alguns pontos que precisam ser abordados para melhor explicar o papel da transformação digital no agronegócio.
Cabe ressaltar que a participação do agronegócio no PIB brasileiro tem crescido cada vez mais. O dado mais recente é de que essa parcela chegou a 27,4%. Enquanto isso, o PIB do setor cresceu 8,36% em 2021.
Somados a isso, o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta para um aumento da produção do setor. Só na safra de 2019/20 foi previsto um crescimento de 1,5% na área plantada, se comparada com a anterior. Essa porcentagem resulta em cerca de 64.176,4 mil hectares para este novo ciclo, influenciado pelo crescimento da área de soja.
Essas conclusões só reforçam a importância das novas tecnologias disruptivas para o crescimento do setor. Com o desenvolvimento constante e com a produção acelerada se faz necessário ter apoio de ferramentas digitais e virtualizadas para operar com mais eficiência e inteligência as atividades agrícolas.
E com o consumo consciente e sustentável da população, esses instrumentos possuem um peso ainda maior: realizar a entrega de alimentos seguros e responsáveis. Ter as tecnologias como resolutivas dos desafios será essencial para o desempenho do seu negócio.
Conheça os cases de mercado
Neste momento cabe citar algumas das tecnologias mais utilizadas na agricultura e alguns cases de sucesso no mercado para facilitar a visualização do assunto. No entanto, é preciso destacar também a crescente das startups nesse setor: as chamadas Agtechs. Esse é um conceito que mistura agronegócio com tecnologia.
Elas são as responsáveis pela revolução digital no setor. Conforme o 2º Censo AgTech Startups Brasil, são estimadas mais de 300 Agtechs no país. Entretanto, apenas 184 responderam à pesquisa. O mercado de atuação delas é ainda bem diverso, sendo alguns exemplos:
- Suporte à decisão;
- Internet das coisas e Hardware;
- Software de gestão agrícola;
- Consultoria;
- Comercialização agropecuária;
- Segurança alimentar;
- Educação/treinamento;
- E-commerce;
- Drones e robóticas;
- Saúde e nutrição animal;
- Tecnologia de alimentos, entre outros.
Apesar dos dados acima, o Censo ainda aponta que 42% afirmaram ter uma receptividade intermediária às novas tecnologias pelo agricultor brasileiro.
A pesquisa ainda demonstra que 32% das startups foram criadas após a observação de iniciativas de outros mercados. Por isso a importância de conhecer cases e exemplos de sucesso para se inspirar.
O primeiro case a ser citado é o da Vivo. A marca junto com a Raízen e a Ericsson, em parceria com a EsalqTec, apostaram no desenvolvimento de projetos com base na Internet das Coisas (IoT) para oferecer soluções que resolvem os principais desafios dos agricultores, gerando assim maior precisão nas atividades.
O Agro IoT Lab seleciona e apoia projetos que colaboram com a tomada de decisão do agricultor e com as atividades diárias.
Já o segundo exemplo é a NetWord Agro. Essa é, inclusive, uma solução que obteve um investimento no Shark Tank Brasil. Essa é uma plataforma digital que realiza o monitoramento do solo e lavouras, com o intuito de prevenir quanto a pragas e daninhas. Tudo com o foco na sustentabilidade e com a entrega segura de alimentos.
Exemplos de tecnologias disruptivas no agronegócio
Além da já citada e bastante utilizada, IoT, há mais alguns exemplos de tecnologias que podem ser usadas no agronegócio. Conforme uma lista do evento, Summit Agro, podemos apontar algumas delas.
A primeira delas é a Blockchain. Essa é uma ferramenta que facilita a rastreabilidade dos ingredientes dos alimentos, garantindo dados da produtividade para corroborar com a sustentabilidade e qualidade.
Em seguida citamos a Inteligência Artificial. Isso porque o governo desenvolveu o projeto Rede de Inovação em Inteligência Artificial. Até 2030 a iniciativa tem como objetivo fornecer um ecossistema de inovação com ajuda de recursos e centros de pesquisa para estimular a indústria. Dos investimentos, 20 milhões de reais serão destinados ao setor automotivo e ao agronegócio com foco em IA.
Assim será possível aplicar essa solução de maneira preventiva com recomendações em tempo real às máquinas com o intuito de reduzir os desperdícios e gerar economia, otimização e produtividade.
Há também os drones e sensores, instrumentos responsáveis por auxiliar no monitoramento em tempo real nas áreas rurais. Eles são ferramentas que auxiliam no acompanhamento da plantação e na detecção de pragas, como no case apresentado acima. Essa tecnologia facilita na identificação do lugar que precisa de mais cuidado de maneira mais assertiva, sem afetar outros pontos.
Por fim, podemos citar os dispositivos móveis. Tanto os smartphones quanto os tablets podem ser integrados para facilitar a gestão das soluções. É possível dispor de todas as informações quanto aos sensores, máquinas e drones na palma da mão, simplificando a administração e o acompanhamento dos processos.
Não é preciso apostar em soluções muito elaboradas quando falamos de transformação digital no agronegócio. Basta apostar em ferramentas digitais que facilitam ainda mais o dia a dia das atividades rurais.
O papel do Marketing e Inside Sales nesse cenário
Com a crescente do agronegócio digital, chega o momento de aplicar o Marketing Digital e o Inside Sales.
As estratégias de Marketing Digital têm o intuito de gerar atração para o negócio, bem como fortalecer relacionamentos com o consumidor e o mercado, e reforçar a identidade de marca.
Além disso, o Marketing Digital no agronegócio é uma excelente ferramenta para quebrar as objeções em vendas. Com o auxílio de estratégias como o Inbound Marketing, Marketing de Conteúdo e SEO, por exemplo, é possível educar o mercado, apresentar motivos de compra com ajuda de gatilhos mentais e estimular os sentimentos de dores do consumidor, como um antecipador.
Ou seja, o marketing é um pré-vendedor que tem o intuito de sensibilizar o cliente. Enquanto Inside Sales é uma estratégia que se apoia nas ferramentas tecnológicas para realizar a venda, sem a necessidade de gastos relacionados ao encontro presencial com o cliente.
O principal objetivo dessa estratégia é evitar custos com os deslocamentos para gerar maior produtividade aos vendedores e, assim, desenvolver melhores experiências ao cliente. O Inside Sales também está diretamente ligado às ações de marketing.
Portanto, tanto o Inside Sales quanto o Marketing no agronegócio fazem parte da transformação digital no setor, visando aprimorar e desenvolver, ainda mais, o seu negócio e gerar bons resultados.
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