Neste 25 de maio, Dia da Indústria, não faltam motivos para comemorar. Um levantamento estatístico da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o setor foi responsável por 23,9% do PIB (Produto Interno Bruto) do país em 2022.
Os dados revelam, também, que a indústria responde por:
- 69,3% das exportações brasileiras;
- 66,4% dos investimentos empresariais em pesquisa e desenvolvimento;
- 34,4% da arrecadação de tributos federais (à exceção das receitas previdenciárias);
- e 29,7% da arrecadação previdenciária patronal.
Mas quem vê esses números robustos muitas vezes não se dá conta de quão nova é a indústria brasileira.
Apesar de ter oficialmente começado em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, foi apenas a partir de 1930 que a atividade se consolidou, com Getúlio Vargas.
Hoje, o cenário é de transformação e resiliência. Isso graças aos investimentos em tecnologia e inovação.
Mas, também, ao marketing industrial: responsável por ampliar a sua visibilidade e aproximar a indústria do consumidor.
O Dia da Indústria é um reconhecimento à importância do setor que fechou 2022 com um saldo de mais de 251 mil empregos formais, de acordo com o novo Caged (Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
O Dia da Indústria e a recuperação da competitividade
Mas por que 25 de maio foi escolhido como Dia da Indústria? Na verdade, nesse dia, há 75 anos, faleceu Roberto Simonsen, o patrono da indústria brasileira.
Administrador, engenheiro, historiador, professor, político e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Simonsen foi responsável pela primeira empresa de construção civil do país.
Com isso, Simonsen foi presidente da CNI e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com uma contribuição bastante significativa para a consolidação do parque industrial do Brasil.
Assim, o então presidente Juscelino Kubitschek assinou o Decreto nº 43.769 de 21 de maio de 1958 e instituiu o Dia da Indústria em homenagem a Roberto Simonsen. Mas também a todo o setor, que é uma das mais importantes engrenagens do desenvolvimento brasileiro.
Mesmo assim, de acordo com um estudo da CNI, o Brasil ocupa hoje a 15ª posição no ranking global, após ter sido ultrapassado pela Turquia em produção industrial, no ano passado.
Para os especialistas, a queda é fruto de uma perda de competitividade. Segundo eles, ela já vem desde as décadas de 80, com a crise da dívida externa, e de 90, com a abertura da economia.
Mas, outro fator decisivo para o retrocesso do setor, é a década do boom das commodities, de 2003 a 2013.
E não dá para falar em competitividade sem falar em marketing industrial.
As estratégias de marketing voltadas para empresas que vendem para outras empresas (B2B) são fundamentais para aumentar a competitividade e a participação, tanto no mercado interno quanto internacional.
Como o marketing ajuda a indústria nacional?
O perfil do setor industrial tem sido drasticamente alterado pelos avanços tecnológicos ao longo do tempo.
E nem é preciso ir lá atrás, na máquina a vapor. Da robótica na década de 70 às atuais inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), digitalização, Cloud, Big Data e cibersegurança, parece ter sido um piscar de olhos.
A Fábrica Inteligente já é uma realidade. A conectividade, integração e flexibilidade a favor de uma cadeia produtiva muito mais eficiente é uma exigência do mercado.
E tudo isso é baseado em dados, que são hoje o ativo mais valioso da indústria 4.0. Afinal, são os dados convertidos em inteligência industrial.
Eles não só alimentam todas essas tecnologias, mas também dão subsídios para uma comunicação mais eficiente entre empresas e consumidores.
Hoje o consumidor tem acesso às mais diferentes informações na palma das mãos — e isso alterou a percepção em relação à experiência de compra.
Assim, os dados são subsídios para o marketing industrial ter mais controle sobre a jornada do cliente e reduzir a distância entre indústria e compradores. Consequentemente, devolvendo a competitividade ao setor.
Benefícios do marketing industrial
Dessa forma, um dos grandes benefícios do marketing industrial é o posicionamento da indústria como referência em seu segmento.
As estratégias são voltadas para a construção de uma imagem que conquiste a atenção das outras empresas, oferecendo um relacionamento de valor e autoridade, que aumenta vendas e lucros.
Tudo isso é feito com base em dados concretos de análise do mercado para conhecer a fundo o cliente certo, melhorar sua experiência de compra e encurtar o ciclo de vendas.
E, como o marketing digital é totalmente Data Driven — ou seja, orientado por dados — há total capacidade de mensuração de resultados.
É possível saber se a estratégia alcança os resultados desejados, quais materiais atraem a atenção do público e quais ações precisam ser adaptadas, otimizadas ou reforçadas.
Afinal, a indústria já entende a necessidade de se comunicar com o cliente de forma que ele se identifique e se engaje com as soluções apresentadas.
Mesmo no universo B2B, não se aceita mais o distanciamento entre vendedor e comprador, mas sim uma relação cada vez mais personalizada, customizada e humanizada, também entre empresas.
Esse Dia da Indústria encontra um mundo em que o mercado digital estabeleceu alta nos padrões de venda.
E, como satisfazer o cliente é uma questão de obrigatoriedade, o marketing industrial se tornou um fator decisivo para a retomada da competitividade do setor.
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